domingo, 14 de outubro de 2012

Resumão...

Semana passada foi meio tumultuada...Tive algumas coisas burocráticas pra fazer, outras mais agradáveis, como ajudar minha amiga recém chegada do Brasil, Elisângela, a se organizar por aqui...








Isso foi legal, pois assim pudemos nos conhecer melhor. Ela vem da Unesp de de Araraquara, está nas Sociais fazendo Estágio Doutoral, chique, né?










Pois bem, então fui com ela até à Faculdade, à Loja do Cidadão e mostrei alguns lugares como o restaurante Adega do Paço do Conde (jantamos lá), fomos as compras e dei uma força na arrumação da cozinha do andar dela que estava desocupado té então.















Comemos o Arroz de Marinheiro (lembra o jeito da Paelha, mas não é igual) que é um prato servido em diversos lugares por aqui, assim  como o Arroz de Feijão. Salmão grelhado e vinho tinto da casa. (Muito bom!)








Os afazeres domésticos foram muitos e isso é chato, mas necessário...rs







A cozinha ficou ótima, mudamos quase tudo de lugar... Sabe como é, né? "Demos o nosso toque"!








Por aqui, na rua estamos na mesma, agora com a "Latada"...rs 


O povo aqui gosta mesmo de festa!!! Depois não sabemos porque os brasileiros são tão festivos...rsrsrsrs

Estou com muita dificuldade em entrar no horário daqui... durmo tarde e depois é um perrengue pra acordar... No final de semana almoçamos as 16h (daqui, 12h no Brasil) isso deixa nosso relógio biológico maluco... Requer uma disciplina muito difícil de se conseguir, especialmente quando de madrugada, por volta das 5h se escuta ao longe o que parece uma briga entre um homem e uma mulher... conforme foram subindo em direção a Sé Velha deu pra perceber que era papo de bêbado...mais um...rsrsrsrs

Ô Juão!!!

O rapaz chamava, aos berros: " - Ô Juão! ô Juão!" E falava uma porção de coisas num português completamente embriagado que, de longe, não dava pra entender nada.

Aos pucos, vieram caminhando na direção da minha janela, e aí ficou mais claro: " - Ô Juão eu não te dixe pra não bebeire assim? Ô Juão, me responde quando falo contigo Juão... Tu és burro Juão?" Tu és surdo Juão?  Ô pá, eu não te avisei seu corno!!!" e daí se seguiram outros tantos palavrões...

O pobre do João nada dizia, ou porque estava constrangido, ou talvez estivesse bêbado de mais para dizer alguma coisa...rsrsrs

Aí a garota dizia: " - Para com isto, assim tu magoas o Juão!"
Então o rapaz gritava: " - Ô Juão! Tua ficaste magoado Juão?" E nada de se ouvir a voz do coitado do João...rsrsrsrs

E continua: "- Me diga Juão, estáis magoado comigo?  Se ficaste magoado te peço desculpas! ... Fala Juão!" e, em não havendo, ou não sendo possível ouvir a resposta do infeliz do João, ele berrava para a moça: " - Está magoado nada! Este filho duma puta está bêbedo demais para estaire magoado...Me responde ô Juão!" (rsrsrsrs)

A esta altura, eu já me solidarizava aos sentimentos da moça, que bêbada, intercedia em favor do judiado João... 

Fiquei com tanta pena do pobre... Bêbado, tendo que voltar para casa a pé , de madrugada, numa subida sem fim, e ainda por cima sendo achincalhado por uma cara de porre..., é demais para qualquer cristão!...rsrsrsrs

E assim subiram a rua, o João mudo, a menina a defender o João e o rapaz a enxovalhar e a dizer desaforos para o calado e embriagado João...

Fique deitada rindo e ao mesmo tempo compadecida pela sorte miserável do  tal João que, com um amigo destes, definitivamente, não precisa de inimigos...rsrsrs




Na sexta-feira (05/10) tive estudo de campo, muito bom! Seguimos um trecho do Rio Mondego que sofreu diversas intervenções e serve também para a irrigação na região de Coimbra.Mas isso vou contar numa edição especial...
O que posso adiantar é a parte cultural e turística, a final somos alunos estrangeiros e mesmo aula de campo tem sua face turística.



Conhecemos, nos arredores de Coimbra o local onde está a barragem que forma o espelho d' água que banha a baixa. Um local de reflorestamento que é utilizado para corridas, caminhadas e ciclismo.









Também visitamos o castelo de Monte Mor, uma fortificação romana que passou por restauração e mesmo as ruínas ficaram muito charmosas com jardins gramados, árvores e flores.






Há um espaço muito legal para representações teatrais e ainda estava lá o cartaz de Shakespeare no Castelo (uma programação de verão com peças de William Shakespeare, mas cuja temporada já está encerrada).










No castelo também tem uma igreja em estilo barroco, eu creio, que está adaptada para famílias que alugam o local para casamentos (muito romântico!).



























Mas a visão do alto do castelo é espetacular e dá pra ver a vila do castelo, já restaurada e também os campos de cultivo de arroz no entorno que é beneficiado pela irrigação do Mondego.








Fomos a Avenal e Condeixa. Lá almoçamos. Um almoço escolhido pelo professor Rui com cuidado para experimentarmos os pratos tradicionais locais. vinho e uvas deliciosas, doces como mel de sobremesa... Coisas de Portugal!











Este de cabrito ou cabra, não sei o gênero do caprino (rsrsrs) mas estava bom. Não sou muito amante desse pratos exóticos mas provei e confesso que são iguarias! Acompanhou arroz, batatas e verdura cozida.












Prato feito com carneiro ao vinho, batatas gratinadas e uma verdura que parece couve... Muito bom, não sobrou nada! rsrsrs














Aqui, o Arroz de Marinheiro (novamente) muito bom! Dá pra notar a diferença do preparo do prato no visual.












Depois fomos conhecer uma nascente (por insurgência) preservada e utilizada pelos romanos de Conímbriga para abastecimento por meio de um aqueduto subterrâneo.



Em Conímbriga, há um local onde eram extraídas as rodas dos moinhos. 












Ainda há algumas que foram deixadas lá quando o local deixou de ser explorado (eu creio).














Por fim, fomos a uma formação de calcário muito antiga. Uma paisagem realmente linda! A montanhas são altas e dá o maior trabalho pra subir... Eu achei um bom lugar pra subir e não forçar demais o tendão... é a idade já não ajuda muito...rsrsrs




O céu azul e a vista do alto das montanhas são espetáculos à parte...
Uma experiência extraordinária! Essa sensação de estar em um local que levou milhares de anos para se formar...
A gente pensa em como estrá daqui a outros milhares de anos...É fabuloso!


A grandiosidade destas grutas (não sei de devo chamar assim... mas vá lá!) é impressionante. Não são profundas, mas são impactantes, especialmente quando temos a dimensão das aberturas diante da escala humana...




Dentro da que entrei, havia também uma abertura para cima, acredito que tenha cedido. É surpreendente, belo e ao mesmo tempo assustador quando se pensa nos processos de transformação daquele terreno até chagar a forma atual. Eu nunca havia estado em um lugar assim!














Uma vegetação incrivelmente simples e bela, com forte presença das oliveiras carregadas de azeitonas verdes... 







Maravilhosa este estudo de campo... em um único dia aprendemos o que levaríamos um mês em sala de aula! Fora o visual que não tem comparação quando visto (e sentido) "in loco"




Na segunda-feira fui até Taveiro comprar um bom tênis de caminhada na Decathlon. Comprei um tênis e um blusão pro frio...



Ontem fui levar a Elisângela na Junta da Freguesia tirar atestado de residência, estava chovendo e decidi estrear o tênis novo... cara, se eu não estivesse segurando no corrimão da escada, teria descido rolando..., tamanho o escorregão que tomei... tinha uma moçada no café ao pé da escadaria e eles ficaram rindo (FdP! rsrsrs)...mas no fundo, foi engraçado mesmo...rsrsrsrs 

Fiquei "P" da vida por que o tênis era pra não escorregar!... aquela porcaria! 

Ainda bem que estava segurando aí não me machuquei, mas as pedras aqui são como um sabão quando molhadas... mais um tombão de escada pra minha coleção...rsrsrsrs

Hoje (09/10) fiquei em casa estudando e vendo os e-mails... O dia estava chuvoso e só saí pra ir a mercearia comprar pãozinho e umas outras poucas coisas. Mas fui com o outro tênis...rsrsrs... É mais seguro!







segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Viagem ao Douro de Miguel Torga

Para não dizer que não falei da sexta-feira, digo que foi um dia chuvoso, atarefado e bem trabalhoso. Tive workshop o dia todo e o tempo em que estive fora da sala de aula, fiquei as voltas com o Santander, já que me deram um tal de "cartão internacional" que simplesmente não funciona porque no Brasil são 4 números e 3 letras e aqui, são 6 números... Já se pode perceber que isso não deu certo... Então, muita conversa, aborrecimento e nenhum dinheiro...(se não fosse trágico seria cômico!).


Sábado... aí sim, dia de sol e grandes emoções!



Saímos as 9:00 h da Casa Municipal da Cultura de Coimbra em direção a Trás-os-Montes. Uma atividade cuja programação foi a seguinte:







Paragem para conforto em Viseu (conforto é pra ir ao banheiro...)




Viseu é uma bela cidade, muito arborizada e arrumada. A praça, uma gracinha, cuidada para que as pessoas possam aproveitá-la e não apenas utilizá-la como um lugar de passagem.


Aqui, uma construção com um belo jardim que me chamou a tenção de como as árvores ficam próximas às casas.



Minhas companheiras de passeio. D. Anita e a neta Luciana de 8 anos, uma princesinha!



E aqui, Vivian (boliviana radicada no Brasil que está estudando em Coimbra por alguns meses) e D. Yoko, tia de Luciana.









Visita Cultural a São Martinho da Anta, lugares de vivência de Miguel Torga.

São Martinho de Anta é uma pequena cidade, muito quieta. Pertence ao Conselho de Sabrosa e possui aproximadamente 900 habitantes. Está localizada entre Sabrosa e Vila Real. 
Quase não vimos pessoas nas ruas. 
O pouco movimento e casario muito antigo, revela que o tempo corre lentamente por aqui. 
Não é possível precisar o ano de sua formação como povoado, mas registros marcam os séc. XII e XIII, contudo há outras referencias que indicam que este seja um dos povoamentos mais antigos da região.



Mas alguns amigos brasileiros podem estar se perguntando, quem é Miguel Torga?

Então vai aí um breve histórico:

Miguel Torga é o pseudônimo de Adolfo Correia da Rocha, médico formado pela Universidade de Coimbra. Com uma infância pobre, passou por casa de parentes em Portugal, pelo seminário e depois foi morar no Brasil, em Minas Gerais, com um tio cafeicultor que, vendo seu rendimento escolar, decidiu patrocinar-lhe os estudos em Coimbra.
Em 1929 publica seu primeiro livro de poesias "Ansiedade" e passa a colaborar com a Revista de arte e crítica "Presença" de ideais Modernistas. Em 1930 rompe com a revista e assume sua posição contra as injustiças sociais e abuso do poder.



Seu pseudônimo é Miguel em homenagem a Miguel de Cervantes e Miguel Unamuno (ambos ibéricos) e Torga vem do nome de uma árvore de sua regão cujas raízes fortes agarram-se ao solo árido e rochoso. Com caule reto e forme, que verga ao vento, mas não sede. Suas flores são branco-arroxeadas, ou da cor do vinho, elemento presente na agricultura local.







Casa dos pais de Miguel Torga. Não é possível visitar o interior pois, a casa pertence a sua filha que a utiliza para suas férias e não é cedida para visitação.










Rua com o nome do escritor, filho ilustre da cidade, local para onde regressava por ocasião das festas de final de ano e em setembro para a vindima.











Nesta praça, sob esta árvore que o Dr. Adolfo Correia Rocha (Miguel Torga) sentava-se ao chegar na cidade, anunciando assim, discretamente, que o médico havia chegado para atender a quem necessitasse.












A guia local nos relatou sua história enquanto visitávamos os pontos marcantes de Torga pela cidade.




Em 1940 foi preso por sua excessiva sinceridade e dentre os amigos que o ajudaram a esconder sua prisão de seus pais, estava a estudante belga Andrée Crabbé, com quem se casou e teve uma filha, Clara Rocha, atualmente docente na Universidade de Coimbra.

Torga também é amante da cidade de Coimbra onde instala seu consultório em 1939.

Extremamente ligado à sua terra natal e à sua família, fazia de São Martinho de Anta o seu refúgio.




Miguel Torga, foi escritor de poesias, contos, memórias, romances, ensaios e peças de teatro. Publicou mais de 50 livros e chegou a ser indicado para o Nobel de Literatura várias vezes. Já doente, publicou seu último livro em 1993. Avesso a publicidade política e literária manteve-se afastado da agitação desses movimentos.







Faleceu em 1995 e está sepultado numa cova simples, sem lápide, em São Martinho de Anta, onde há apenas uma torga plantada ao lado, em sua homenagem.















Após tanta história e cultura literária é hora de repasto... então passemos ao
Almoço (aí um grande parenteses para a divina culinária de Sabrosa)

Refeição típica de vindima (colheita das uvas)

NOTA: Esclareço desde já, que só deu tempo de fotografar a primeira parte das entradas, o restante, a fome não deixou...rsrsrsrs 

Então, recorri a imagens da Internet, mas procurei as que mais se assemelham ao que nos foi servido.

Cardápio:



Vinho tinto de Sabrosa
Entradas variadas (pães diversos, presunto defumado, azeitonas, alheira e chouriço)













Sopa Juliana (nosso "caldinho de feijão" com couve rasgada)












Arroz de feijão (nosso arroz com feijão, mas já misturado) 








Pataniscas de bacalhau (um tipo de bolinho, bem diferente do que conhecemos no Brasil) e














Grelhada mista (carnes de porco).










Pera Bêbeda (cozidas ao vinho do porto).







Agora que todos ficaram "aguados", podemos passar para a outra parte do passeio...rs


Visita a adega da Cooperativa de Sabrosa 




Aqui é empregado um tipo de sonda ao carregamento que chega. Assim, a acidez das uvas as classificam para o tipo de vinho, bagaceira ou vinagre a que darão origem.













Aqui as instalações da adega da Cooperativa, onde o processo de fabricação do vinho se inicia.


Equipamentos modernos de moagem, filtragem, etc. substituíram os antigos e tradicionais que agora se encontram expostos apenas para visitação histórica na sala de degustação.



A armazenagem para envelhecimento continua sendo em barris de carvalho, árvore nativa da região.



São realmente muito grandes esses barris...Não posso precisar qual a capacidade e nem qual tipo de vinho guarda cada um destes, já que o espaço era muito amplo e o grupo numeroso, eu quase não ouvia a voz da guia...
Uma pena... Mas o melhor ainda estava por vir... a degustação... rs








Prova de vinhos.


Aqui, o Porto Branco. Nunca havia experimentado e é mesmo muito bom e forte...


Neste passeio experimentamos 3 tipos:


O Moscatel
O Tinto de Mesa
O Porto Branco









Mostruário de vinhos produzidos pela Cooperativa, claro todos a venda... Pena que com meus parcos euros não pude comprar um exemplar de cada para experimentar com os amigos no Brasil...rs












Visita ao Lagar de Azeite de Sabrosa 


Aqui não achei tão legal quanto na adega... estava tudo parado e eu estava tão empanturrada do almoço que nem consegui provar o pão e queijo com azeite...rs








Da próxima vez quero ir antes do almoço...rs















O caminho...

  "Caminante no hay camino
Se hace camino  al andar..."


O Rio Douro...


A região de Trás-os Montes e Alto Douro localiza-se na porção Nordeste de Portugal Continental e compreende os Distritos de Vila Real e Bragança, além dos conselhos do Distrito de Viseu e um conselho do Distrito de Guarda. A Norte e Leste faz fronteira com a Espanha, ao Sul com as províncias de Beira Alta e a Oeste com as províncias de Douro Litoral e Minho.




O relevo é uma composição belíssima de altas plataformas onduladas e bacias profundas, características que influenciam em seu clima e vegetação. 



De modo geral apresenta muito frio nos meses de inverno e muito calor nos meses de verão, o que fez surgir o ditado de que lá há "três meses de inverno e três de inferno". 










Em geral, as chuvas são escassas o que dá ao solo maior acidez, com exceção de algumas faixas de zona úmida, mais próximas ao Rio Douro.









Há 3 sub regiões com clima e vegetação distintos: a faixa do Rio Douro, com altitude mais baixa, portanto clima sub-atlântico ou sub-mediterrâneo; faixa mais elevada de planalto, maior porção, meso-mediterrâneo inferior (sub-úmido a seco) e; o Douro superior com clima sub-mediterrâneo superior também chamado de Terras Quentes.





Desta região, são característicos castanheiros, carvalhos, oliveiras e amendoeiras, contudo esta região se destaca pela produção de uvas que são utilizadas para a produção do Vinho do Porto, azeite e mel. Também são produzidos batas e cereais como o centeio e a cevada. Há ainda nesta região criação de caprinos.


As vinhas estão por toda parte, nos terraços sustentados por muros feitos com as pedras do local, nas partes mais planas e nas baixadas mais profundas da bacia.

Muitas delas ainda com cachos bem formados de uva, folhagem verde e avermelhada indicando a época da colheita.








As grandes obras de engenharia revelam a importância econômica desta região para o país.







Aqui a hidrelétrica do Douro com a Eclusa modifica a paisagem, transforma o rio e tudo a sua volta.











Na autoestrada sobre o rio, o por do sol emoldura lugar que abriga tanto a história quanto o futuro de Portugal que tem na tradição das vinhas e dos olivais de Trás-os-Montes os elementos que vão além da economia, fazem parte da alma deste país que descobriu outros lugares no mundo e agora é redescoberto.







As cores do céu no poente são de uma singularidade estarrecedora, com tons de azuis e lilases adornados com réstias de dourado que mais parecem uma pintura.

Não há como não se encantar com o que os olhos veem a alma contempla...





Paragem no Miradouro de São Leonardo de Galafura













No mirante, nem as muitas horas de passeio são capazes de impedir a subida desta colina. 









Nenhum esforço é o bastante para impedir de admirar um dos entardeceres mais incríveis que já vi.


 Diante destas imagens, se não posso dizer versos a altura do que vejo é melhor calar...







...Apenas admirar o que minhas palavras não têm como descrever o que o próprio Miguel Torga chama de "País das Maravilhas".











Retorno para Coimbra (com paragem de emergência para conforto).rs...


PS:


Aqui, um profundo e sincero agradecimento à D. Anita que me proporcionou uma das mais belas experiencias da minha vida!

OBRIGADA.